7 de mar. de 2012

Álcool: você sabe quando parar?


Muitas pessoas passam constantemente pela seguinte situação: dor de cabeça, sensação de náusea e até vômitos e diarréia, reações típicas de um excesso de algo do qual nosso corpo quer se livrar e nossa atitude diante do álcool é ambivalente: suportamos uma ressaca porque apreciamos os efeitos que o álcool tem sobre nós.

Beber um drinque depois de um dia difícil ou durante a refeição pode ser relaxante, e esta quantidade não ultrapassa o limite suportável pelo organismo. A intoxicação normalmente ocorre quando nos excedemos ou bebemos para nos livrar das inibições.

O excesso de bebida provoca a intolerância a uma substância química estranha e o nosso organismo precisa reagir. Há então o desencadeamento de uma série de reações: a remoção transformando-o primeiro em uma substância química que produz todos os sintomas desagradáveis que apresentava, e depois em outra substância química que podemos usar como fonte energética.

O álcool age então de três maneiras:  (1) Como uma bebida agradável que nos provoca uma sensação de bem estar; (2) Como uma toxina quando está nos primeiros estágios de remoção;  (3) Como um nutriente quando fornece energia ao nosso corpo.

Há bons motivos para não se consumir álcool. Em relação a saúde os riscos são dependência, doenças, obesidade e os problemas a ela relacionados, além dos problemas sociais envolvidos.
Lembrando que o álcool fornece 7 calorias por grama, perdendo apenas para as gorduras e óleos que fornecem 9 calorias por grama.

No entanto, há alguns motivos a favor do álcool , desde que com moderação: Ele reduz o estresse mental (momentaneamente),e pode melhorar a longo prazo o risco de doenças cardíacas, mas lembrando que a bebida só é benéfica se consumida COM MODERAÇÃO!

No caso específico do vinho tinto, encontramos os polifenóis, que por sua propriedade antioxidante ajuda a evitar a aterosclerose, mantêm os vasos sanguíneos relaxados e tem efeito anticoagulante, reduzem a formação do LDL, chamado popularmente de “colesterol ruim”.

Em geral os homens toleram mais álcool do que as mulheres e a explicação está nas diferenças no tamanho corporal e na capacidade de absorver o álcool do estômago para a corrente sanguínea.
No cérebro e no sistema nervoso central o álcool age como calmante. Ele reduz a atividade cerebral e retarda as mensagens, de modo a levarem mais tempo para viajar por meio das fibras nervosas. Em geral ficamos mais relaxados e reagimos de forma mais lenta.

Dentro dos ouvidos estão os órgãos que nos dão o senso de equilíbrio. O álcool muda a densidade do tecido e do fluido, e com a alta ingestão perdemos o senso de equilíbrio, por isso é comum pessoas andando tontas e cambaleando.

O álcool também age como diurético, estimulando a perda de água na forma de urina. Parte do desconforto de uma ressaca pode ser causada pela desidratação, sendo recomendado tomar um copo de água depois de beber muito.

Todos estes efeitos resultam de uma reação de intolerância ao álcool. O resultado é que não podemos deixar de nos sentir doentes depois de beber em excesso, mas os efeitos passarão após cerca de 12 horas, à medida que as funções do organismo voltam ao normal. Mas se o excesso ocorrer frequentemente podemos ficar com a função cerebral prejudicada e sofrer perda de memória, inflamação no estômago, obesidade, vício, doenças hepáticas, doenças cardíacas entre outras.
Portanto, o consumo moderado de álcool  pode trazer benefícios, mas é preciso saber a hora certa de parar. Então… um brinde à saúde!

Dr° Sérgio Eduardo  Ortopedista e Traumatologista

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