Fatores que inflenciam o PIB
O primeiro fator que influencia diretamente a variação do PIB é o consumo da população. Quanto mais as pessoas gastam, mais o PIB cresce. Se o consumo é menor, o PIB cai. O consumo depende dos salários e dos juros. Se as pessoas ganham mais e pagam menos juros nas prestações, o consumo é maior e o PIB cresce. Com salário baixo e juro alto, o gasto pessoal cai e o PIB também. Por isso os juros atrapalham o crescimento do país. Os investimentos das empresas também influenciam no PIB. Se as empresas crescem, compram máquinas, expandem atividades, contratam trabalhadores, elas movimentam a economia. Os juros altos também atrapalham aqui: os empresários não gastam tanto se tiverem de pagar muito pelos empréstimos para investir. Os gastos do governo são outro fator que impulsiona o PIB. Quando faz obras, como a construção de uma estrada, são contratados operários e é gasto material de construção, o que ele eleva a produção geral da economia. As exportações também fazem o PIB crescer, pois mais dinheiro entra no país e é gasto em investimentos e consumo.
Quem calcula ?
Os cálculos do PIB são feitos e divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), um orgão do governo que tem a missão institucional de retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento da sua realidade e ao exercício da cidadania.
Nova Metodologia de Cálculo
A nova metodologia implantada incluiu novos critérios propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em sintonia com o crescimento de serviços como telefonia celular e levando em conta a economia informal.
O novo método trabalha com mais fontes de informação e leva em consideração 110 produtos (antes eram 80) e 56 atividades econômicas (contra 43 da metodologia passada). Segundo o IBGE, isso permite fazer um cálculo mais preciso. O novo método para contabilizar o desempenho da economia brasileira passou ainda a utilizar como fontes de dados as pesquisas anuais setoriais da Indústria, Comércio e Construção Civil do IBGE e as receitas declaradas das empresas à Receita Federal. A melhora metodológica significa um cálculo mais preciso das riquezas geradas no país.
Padronização Internacional
Cada país tem o seu próprio órgão ou instituto e sua própria metodologia para o cáculo do PIB, mas a medida que a economia do país demonstra sinais de estabilidade, e ganha confiança do investidor estrangeiro, como é o caso do Brasil, que atingiu um nível de reservas internacionais acima de US$ 100 bilhões, risco país abaixo de 165, aproximando-se da taxa média dos países emergentes, quitou sua dívida junto ao FMI, configurando uma situação em que os técnicos do país vêem necessário adequar os cálculos para obtenção do PIB aos padrões internacionais, países que seguem as orientações propostas pela ONU, obtem dados mais próximos da realidade e com muito mais credibilidade.
Padrões Internacionais
Estes padrões internacionais encontram-se no Manual de Contas Nacionais de 1993 (System of National Accounts) da ONU (Organização das Nações Unidas), realizado sob a responsabilidade conjunta de entidades com o Banco Mundial, a Comissão das Comunidades Européias (Eurosat), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Cálculo do PIB
O cálculo do PIB, no entanto, não é tão simples. Do preço final de cada produto, é preciso saber a contribuição de cada setor para a produção e composição do preço final do produto. Por exemplo se você produziu uma obra de arte e vendeu por R$ 50,00 , sabendo que precisou comprar madeira a R$ 10,00 mais as tintas R$ 20,00 , neste caso a participação da indústria foi de R$ 30,00 e você que transformou a madeira em arte contribuiu com mais R$ 20,00 para o PIB nacional.
O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é considerada. No caso de um pão, a farinha de trigo usada não entra na conta. Um carro de 2002 não é computado no PIB de 2006, pois o valor do bem já foi incluído no cálculo daquele outro ano.
O IBGE precisa fazer cálculos para toda a cadeia produtiva brasileira. Ou seja, ele precisa excluir da produção total de cada setor as matérias-primas que ele adquiriu de outros setores. Depois de fazer esses cálculos, o instituto soma a riqueza gerada por cada setor, chegando à contribuição de cada um para a geração de riqueza e, portanto, para o crescimento econômico.
O PIB em 2006
O valor do Produto Interno Bruto - PIB (a soma das riquezas produzidas pelo país) cresce 3,7% e chega a R$ 2,3 trilhões em 2006.
O Brasil na economia mundial
Com esse crescimento do PIB em 3,7% e mesmo sendo um dos mais baixo dos países emergentes, o Brasil melhorou sua posição no ranking mundial das maiores economias do mundo, ocupando a oitava posição, e se aproximando do sétimo lugar que é a França.
Setores da Economia
O desempenho do PIB é decorrente da performance dos três setores que o compõem a economia: Agropecuária, Indústria e Serviços.A Agropecuária, em 2006, cresceu 4,1%, recuperando-se em relação ao ano anterior, quando atingiu um modesto crescimento de 1,0%, em virtude da quebra de safra de alguns produtos com grande representatividade na colheita, e da ocorrência da febre aftosa no quarto trimestre de 2005. Dentre os subsetores da Indústria, a maior alta foi a da Extrativa Mineral (6,0%). Neste subsetor destaca-se o crescimento anual de 5,1% na extração de petróleo e gás e de 10,9% na extração de minério de ferro. Em seguida, contribuindo para a alta do setor industrial, vieram a Construção civil que cresceu 4,6% e a Prod. e distrib de eletricidade, gás e água com 3,6%. A Indústria da Transformação apresentou elevação de 1,6%. As maiores elevações nos Serviços foram nos subsetores Intermediação financeira, prev. complem. e serv com 6,1% e Comércio (atacadista e varejista) com 4,8%, seguidos por Ativ. imobiliárias e aluguel com 4,3%, Transporte, armazenagem e correios com 3,2%, Adm., saúde e educação públicas com 3,1%, Outros Serviços com 2,6% e por fim, os Serviços de Informação com 2,3%.
PIB per capita ou renda per capita - (a soma das riquezas divida pelo número de habitantes)
Em 2006, a população residente do país estimada em 1 de julho, somou 186.770.562 habitantes, o que representou um crescimento populacional de 1,4% em relação ao ano de 2005. O PIB per capita atingiu R$ 12.466,75, um crescimento de 2,3% em relação ao ano de 2005.
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