O termo pororoca é derivado do Tupi que designa “estrondo”, corresponde a um fenômeno natural onde acontece o encontro das águas de um rio com o oceano.
O fenômeno se torna mais evidente nas mudanças de fase da lua, especialmente na lua cheia e nova. O processo ocorre quando os níveis das águas oceânicas se elevam e essas invadem a foz do rio, o confronto dessas águas promove o surgimento de grandes ondas que podem atingir até dez metros de largura e cinco de altura, podendo chegar a uma velocidade que oscila entre 30 e 35 quilômetros por hora.
No Brasil esse fenômeno ocorre na foz do rio Amazonas, litoral do Estado do Pará, extremo norte do país, e no rio Mearim, Estado do Maranhão, o encontro das águas promove um verdadeiro espetáculo, provoca também um rasto de destruição nas margens dos rios, retirando muitas árvores, algumas dela de grande porte.
A pororoca é resultado da atração simultânea da Terra com o sol e a lua, o fenômeno apresentado nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril possui características particulares, três grandes ondas adentram nos canais dos rios, provocando o fenômeno “terras caídas” que consiste no desmoronamento de grandes quantidades de terras emersas, ocasionando a morte de animais, plantas e a destruição de casas.
O fenômeno da pororoca não ocorre somente no Brasil, em muitos países acontece o mesmo, porém com outras denominações.
França: acontece na foz dos rios Gironda, Charante e Sena, o fenômeno é chamado de mascaret.
Inglaterra: ocorre na foz dos rios Tamisa, Severu, Trent e Hughly, nesse país recebe o nome de bore.
Bangladesh: foz do rio Megma, o fenômeno é chamado de Macaréu.
China: desenvolve na foz do rio Yangtzé conhecido pelos chineses de trovão e nomeado pelos ingleses de cager.
Dra° Patricia Martins
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