Carcará, por vezes chamado de carancho e caracará, é um falconídeo. Seu nome científico é Polyborus plancus ; a subespécie brasileira é P. p. brasiliensis. É tido como ave tipicamente brasileira, tanto que Audubon o chamava, no século XIX, de águia brasileira. No entanto, possui uma distribuição geográfica ampla, que vai da Argentina até o Sul dos Estados Unidos, ocupando toda uma variedade de ecossistemas, fora a cordilheira dos Andes.
O carcará é facilmente reconhecível quando pousado, pelo fato de possuir uma espécie de solidéu preto sobre a cabeça, assim como um bico adunco e alto, que assemelha-se à lâmina de um cutelo; a face é vermelha. É recoberto de preto na parte superior e possui o peito de uma combinação de marrom claro com riscas pretas, de tipo "carijó"; patas compridas e de cor amarela; em voô, assemelha-se a um urubu, mas é reconhecível por duas manchas de côr clara na extremidade das asas.
O carcará não é, taxonomicamente uma águia, e sim um parente distante dos falcões. Diferentemente destes, no entanto, não é um predador especializado, e sim um generalista e oportunista (assim como os seus parentes próximos, o chimango e o gavião-carrapateiro ou chimango-branco) alimentando-se de insetos, anfíbios, roedores e quaisquer outras presas fáceis; ataca crias de mamíferos (como filhotes recém-nascidos de ovelhas) e acompanha os urubus em busca de carniça. Passa muito tempo no chão, ajudado pelas suas longas patas adaptadas à marcha, mas é também um excelente voador e planador.
Um casal de carcarás pode ser visto proximo dos humanos, por exemplo, numa area de atividade agricola, mais especificamente, chegando a alguns metros distante de um trator que esteja arando terra, a espera de uma oportunidade de encontrar pequenos insetos, e outros eventuais animais que inevitavelmente se tornam visiveis a essas aves predadoras;
Dra° Patricia Martins
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