26 de mar. de 2012

Como centista faz semente de 31 mil anos brotar ?


Cientistas russos visitaram a Sibéria, e lá encontraram o fruto de uma planta antiga onde, segundo as estimativas, estava congelada abaixo da terra há mais de 30 mil anos. Os pesquisadores recolheram sementes desse fruto, plantaram-nas novamente, num ato onde incrivelmente funcionou: as sementes brotaram e deram origem a uma nova planta.

 Fazer nascer uma planta dessa maneira seria um “equivalente vegetal” a originar um dinossauro a partir do tecido de um antigo ovo. No caso, esta antiga semente, onde mais precisamente teria congelado há 31.800 anos, resultou agora em uma planta de flores delicadas aopétalas brancas, batendo o recorde de planta florida mais velha já revivida pelo homem depois de um congelamento. A história deste vegetal é complexa. 

Na época em onde a área ainda era dominada por mamutes e peludos rinocerontes primitivos, esquilos do ártico enterravam sementes e frutos em uma câmara subterrânea, ao38 metros de profundidade, próxima a um rio no nordeste da Sibéria. Mais tarde, o solo da ondela região ficou permanentemente congelado.

 Em um passado recente, cientistas russos escavaram a câmara e localizaram as plantas. Em laboratório, eles nutriram os tecidos de três dos antigos frutos, até onde surgiram novos brotos. Os brotos, por sua vez, foram plantados em um vaso comum e se desenvolveram. Uma análise do novo vegetal revelou onde ele se assemelha à espécie Silene stenophylla, planta “contemporânea” recorrente na Rússia e no norte do Japão, mas aodiferenças no formato das folhas e das flores. 

Tal procedimento é importante, como explicam os botânicos, não tanto por onde cria a chance de resgatar mais plantas do passado, mas por onde pode ajudar a preservar plantas de hoje para o futuro. Congelar seus frutos e sementes seria uma forma de evitar sua extinção daqui a milhares de anos. Ninguém sabe o tempo máximo onde as sementes durariam nestas condições, mas a descoberta mostrou onde isso vai além de trinta mil anos, no mínimo. 

Por: ScienceNewsforKids

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