Colônias francesas estendiam-se pelo norte e noroeste do continente africano: Argélia, Tunísia e Marrocos. Este último foi o país que maior resistência trouxe ao domínio francês. Em 1921 organizou-se um movimento armado que lutava pela independência, e só em 1926, com a ajuda de Espanha, é que a França conseguiu fazer capitular o líder do grupo. Novos levantamentos tiveram lugar entre 1943 e 1944. A independência foi concedida pela França em Março de 1956.
O domínio britânico na África centrava-se na África do Sul, que compreendia Cidade do Cabo, Natal, os Estados Livres de Orange e o Transval). Em 1961 a União da África do Sul deixou de fazer parte da Commonwealth alcançando sua independência. A maior oposição ao colonialismo britânico, todavia, ocorreu no Egito, que conseguira a independência em 1953 depois de alguns anos de confronto entre a resistência nacionalista e as tropas britânicas. A luta dos egípcios foi determinante para a descolonização do mundo africano, uma vez que serviu de exemplo para países como o Sudão, que rapidamente se empenhou na conquista da independência (1956).
A Bélgica teve o seu maior desafio no Congo. Em 1960, dezessete antigas colônias tinham alcançado a independência, fato que trouxe novo alento à população congolesa. A guerra civil tornou-se inevitável e a Bélgica não conseguiu acalmar os revoltosos. A independência da então República Democrática do Congo foi proclamada em 30 de Junho daquele ano, mas as forças belgas não se retiraram imediatamente do território. Por mais cinco anos verificaram-se vários confrontos internos, motins e uma intervenção das Nações Unidas; um caos que acabou com o início da ditadura militar a 25 de Novembro de 1965, protagonizada pelo general Mobutu.
O processo da descolonização de África só ficou concluído em 1981
As décadas 70 e 80 foram caracterizadas pela concretização das últimas independências de países africanos: Guiné-Bissau (1974), Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Angola (1975), Seychelles (1976), Jibuti e Botswana (1977), Zimbabwe (1980) e Ciskei (1981).
Assim como aconteceu na África a independência do continente asiático se deu por duas causas: o enfraquecimento das nações europeias após a Segunda Guerra Mundial e a eclosão de movimentos de luta pela independência.
O processo de descolonização asiático contou com o apoio norte-americano e soviético. Isso é explicado pelo fato de que naquele momento desenrolava-se a Guerra Fria. Desse modo, ambos desejavam expandir suas áreas de influência do capitalismo e do socialismo, respectivamente, isso nos países que iriam emergir com a independência. Muitas colônias se tornaram independentes entre 1945 e 1950, caso da Índia, Paquistão, Sri Lanka, Filipinas, Indonésia, Vietnã, Laos. A China promoveu a revolução socialista, em conseqüência disso pôs fim na dominação inglesa, alemã e japonesa em seu território. Em 1945, a Coreia deixou de se submeter aos domínios japoneses. Essa ex-colônia japonesa se dividiu em 1948, formando dois países: Coreia do Norte e Coreia do Sul.
O Camboja tornou-se independente da França em 1953. A Malásia e Cingapura conseguiram se libertar da colonização inglesa entre os anos de 1957 e 1965.
As colônias que hoje correspondem aos países do Oriente Médio se submeteram aos domínios europeus por muito tempo. O Líbano foi um protetorado francês até 1943 e a Síria fez parte do Império Otomano até 1918, com o fim da Primeira Guerra Mundial foi então dividida em duas partes: uma sob mandato francês, que compreendia a Síria e o Líbano atual, e a outra sob mandato britânico, juntamente com a Palestina, Transjordânia (atualmente Israel e Jordânia) e Iraque.
O restante dos países que integram o Oriente Médio obteve a independência somente após a Segunda Guerra Mundial. Com exceção do Irã, que teoricamente nunca foi colônia de nenhuma metrópole europeia.
Em razão de muitos anos de intensa exploração por parte das metrópoles europeias, as colônias se tornaram independentes, no entanto herdaram muitos problemas de caráter socioeconômico, os quais são percebidos até os dias atuais.
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