24 de nov. de 2011

Articulação temporomandibular



A articulação temporomandibular é a articulação da mandíbula com o crânio, especificamente o processo côndilar da mandíbula com o osso temporal.
A simetria ditada pela ATM tem que ser constante. Unida com as articulações da coluna cervical e cintura escapular, a ATM transforma-se em um perceptível péndulo, consequentemente sua distonia provocará distúrbios posturas diretos na coluna cervical e na cintura escapular, promovendo assim, alterações posturais que podem acometer a coluna lombar e os membros inferiores. Não existe sequer exatas confirmações científicas de que a disfunção da ATM pode levar a tal disfunção postural de lombar para baixo, mas muitos estudos na área da saúde demonstraram alguns pacientes com tais alterações posturais e possuiam uma disfunção temporomandibular.

Anatomia:

Esta é uma articulação sinovial, ou seja, apresenta um espaço entre os ossos, o espaço sinovial, preeenchido por um líquido lubrificante especial, o líquido sinovial, também chamado de sinóvia. É classificada como bicondilomeniscartrodia conjugada ou biginglimoartrodial composta. São duas superfícies ósseas envolvidas:
  1. no lado temporal, a superfície articular é a fossa mandibular, depressão côncava na porção escamosa do osso temporal;
  2. no lado mandibular, a articulação se dá pelo côndilo da mandíbula.
Cada uma destas superfícies ósseas é recoberta por uma cartilagem, a cartilagem articular.
Entre estas duas cartilagens, existe um fino disco ovalado, chamado de disco articular ou discus articularis ou fibrocartilagem interarticular. Tem a função de melhorar a coaptação entre o processo côndilar e a fossa mandibular e ainda absorve impacto.


Visão medial da articulação temporomandibular
 
Toda a articulação é envolvida por uma estrutura fibrosa, chamada de cápsula articular, que se classifica morfologicamente como tecido conjuntivo fibroso. Além dela, existem ainda três ligamentos mantendo a articulação:
  1. ligamento esfenomandibular ou ligamentum sphenomandibulare ou ainda ligamento lateral interno;
  2. ligamento temporomandibular ou ligamentum temporomandibulare ou ainda ligamento lateral externo;
  3. ligamento estilomandibular ou ligamentum stylomandibulare ou ainda ligamento estilomaxilar.
Morfologicamente os ligamentos se classificam como tecido conjuntivo denso modelado, a mesma classificação morfológica dos tendões, mas estes, ligam músculos há ossos e os ligamentos, ossos com ossos, dando suporte e fixação que só a cápsula articular não bastaria, deixando o membro com a impressão de froxidão ou solto no espaço.

 

Movimentos:

Tipos de movimentos

As possíveis movimentações da mandíbula são bastante complexas, podendo ser as abaixo descritas, isoladas ou combinadas.
  • Depressão da mandíbula.
  • Elevação da mandíbula.
  • Protusão da mandíbula.
  • Retração da mandíbula.
  • Lateralização da mandíbula.
Destes movimentos básicos derivam os vários tipos de movimentos relacionados a fala e a mastigação.

Músculos envolvidos

São músculos envolvidos na movimentação da mandíbula:
Depressão da mandíbula
  • Digástrico
  • Milo-hióideo
  • Gênio-hióideo
  • Pterigóideo lateral

Elevação da mandíbula
  • Masseter
  • Pterigóideo medial
  • Porção anterior do temporal
Movimentação anterior da mandíbula
  • Pterigóídeos laterais, ação bilateral
  • Fibras superficiais do masseter
  • Fibras anteriores do temporal
Movimentação posterior da mandíbula
  • Fibras profundas do masseter
  • Fibras posteriores do temporal
Lateralização da mandíbula
  • Ação do pterigóideo lateral oposto ao lado lateralizado, juntamente com as fibras inferiores do pterigóideo do lado oposto.

Importância médica:

  • As articulações temporomandibulares com frequência apresentam defeitos em seu funcionamento normal, gerando a condição conhecida como disfunção temporomandibular. Tal situação é vista pela Odontologia, Fisioterapia e Fonoaudiologia, a última principalmente.
  • Estas articulações também são frequentemente atingidas nos traumatismos de face, como os que ocorrem nos acidentes automobilísticos, sendo nestes casos manejadas pela Traumatologia.
Dr° Sérgio Eduardo

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