26 de nov. de 2011

A História da Formula 1

Existe melhor maneira de fomentar o amor a Formula 1 do que contando um pouquinho de sua história para os novos aficionados? Não, não existe.
Os textos que aqui contam essa história são breves e resumidos e não pretendem mergulhar com profundidade de detalhes na longa e rica história da categoria, mas sim servir como um guia para que o próprio leitor vá descobrindo por si mesmo, no futuro, o quão rico é o esporte em fatos e acontecimentos.

     No futuro, talvez com mais tempo a disposição, eu mergulhe em fatos com mais detalhes.
As fontes primárias usadas foram os textos escritos por Christine Blachford, editora do Sidepodcast, e que fazem parte de uma mini série que aborda a história da Formula 1. A cada semana teremos novo capítulo que cobrirá uma década e assim se seguirá até o ano 2000.
Para iniciar, uma breve passagem pelo automobilismo primitivo pré-1950 — ao automobilismo que viu surgir o lendário Tazio Nuvolari e também novas tecnologias desenvolvidas pela Alemanha de Adolf Hitler.
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A história da Formula 1 – 1ª Parte – 1900/1950

tazio 
TAZIO NUVOLARI: a primeira grande estrela da história do automobislimo

A Formula 1 moderna e toda a sua história escrita nos livros dos recordes como conhecemos inicia-se em 1950, mas a sua verdadeira essência pode ser traçada desde o fim do século XIX e início do século XX na Europa.
Naquela época as competições envolviam carros pesados, os pilotos eram acompanhados por mecânicos por conta do alto índice de quebras e sa pistas eram simples estradas que singravam o interior da França.
Diante dessas condições, a primeira corrida propriamente dita ocorreu em um trajeto entre Paris e Bordeaux (e a prova chamou-se, adivinhem, Paris-Bordeaux!) que completou a distância de 1200 km. O vencedor levou 48 horas para cobrir tal distância e as maiores velocidades chegaram a “impressionantes” 29.9 milhas por hora.
Em 1901 tivemos a primeira corrida com o nome “Grande Prêmio” em seu título: o Grande Prêmio da França, ocorrido em Le Mans e que cobriu a distância de 700 milhas com picos de velocidades que chegaram a 63 milhas por hora.
Durante a Primeira Guerra Mundial — que envolveu a maioria dos países nos quais o automobilismo estava nascendo — as corridas foram suspensas e muitos dos pilotos dirigiram-se para os Estados Unidos para competir na Indy 500. Logo depois da primeira grande guerra, os Grandes Prêmios começaram a se realizados em Le Mans e Lyon, estabelecendo assim a França como o principal hospedeiro do esporte a motor.
As corridas então espalharam-se pela Europa, com o principado de Mônaco e também a Bélgica hospedando os seus próprios Grandes Prêmios. Àquela época, já havia algumas forças dominantes no esporte, Ferrari Mercedes Benz e Bugatti, que estavam muito a frente de seus competidores em termos tecnológicos.
Pouco antes da Segunda Guerra Mundial o interesse geral em automobilismo decaiu como nunca, muito de acordo com a situação econômica mundial que passava pela grande depressão e também pela restrição imposta pela geografia da guerra naquele momento.
Mesmo com a guerra dificultando a evolução do automobilismo, ainda assim, Adolf Hitler, o principal agente motivador do conflito, foi um dos principais instigadores ao desenvolvimento da tecnologia que acabou sendo utilizada nas corridas, com ambas as grandes marcas alemãs, Audi e Mercedes, sendo beneficiadas por incentivos do governo alemão na época.
Com tais incentivos, os alemães desenvolveram e introduziram novas tecnologias no mundo das corridas, como a pesquisa em aerodinâmica e a mistura de combustíveis. Tais esforços transformaram os alemães na nova força dominante do primitivo automobilismo na época, tirando o poder das mãos de italianos e franceses.
Nesses anos, a grande estrela das corridas era o piloto italiano Tazio Nuvolari, que iniciou sua carreira em motos e era capaz de vencer em qualquer carro que pilotasse. O lendário italiano venceu a primeira corrida que tinha a classificação em seu formato — o Grande Prêmio do Mônaco em 1933 — mas a sua grande conquista foi o Grande Prêmio da Alemanha realizado em Nurburgring em 1935, vencido a bordo de um defasado Alfa Romeo contra os mais avançados carros de competição da época.
Tazio Nuvolari pode ser considerado, então, a primeira grande estrela do automobilismo dentro da tradição como o conhecemos hoje.

A história da Formula 1 – 2ª Parte – 1950/1960

fangio 
(JUAN MANUEL FANGIO: a força dominante na década de 50)

A história da Formula 1 – De 1950 a 1960

Logo após a Segunda Guerra Mundial, a FIA iniciou o campeonato mundial de automobilismo como conhecemos hoje. O campeonato foi nomeado “Formula A” e seria mudado para “Formula 1” logo depois. A palavra “Formula”, contida em seu nome, faz referência ao corpo de regras que um carro produzido por uma equipe precisa seguir para poder competir no campeonato.
A distância mínima foi alterada inicialmente de 500Km para 300km, o que significava ter mais circuitos à disposição para os Grades Prêmios. A primeira corrida desse recém fundado campeonato foi realizada na Inglaterra no circuito de Silverstone e  a prova foi vencida pelo italiano Giusepe Farina pilotando uma Alfa Romeo 158. Para conquistar o primeiro campeonato oficial na história da Formula 1 sobre Juan Manuel Fangio, Farina ainda venceu os Grandes Prêmios da Bélgica, Itália e Suíça.
O estilo de pilotagem na época era visivelmente desajeitado e os pilotos pareciam curvadamente inconfortáveis em seus cockpits, o que dificultava o controle do carro. O novo campeão Farina desenvolveu um novo estilo de pilotagem, com os braços firmes e estendidos ao segurar o volante, o que acabava oferecendo mais base de apoio e relaxamento durante a pilotagem. O estilo fez sucesso e acabou sendo adotado por quase todos os pilotos.
Após a vitória de Giusepe Farina no primeiro ano da Formula 1, Juan Manuel Fangio tornou-se a força dominante na década, vencendo cincos título por cinco equipes diferentes, feito jamais alcançado por nenhum piloto na história.
Uma das mudanças de equipes de Fangio veio exatamente depois de um dos mais trágicos acidentes em toda a história do automobilismo, que vitimou 80 pessoas em uma prova de 24 horas em Le Mans. Fangio pilotava um dos carros da Mercedes Benz que após o retirou-se das competições na Formula 1.
Ainda existem controvérsias se a Mercedes abandonou as competições por não ter competidores à altura ou se o motivo principal foi realmente o acidente de 1955, mas os afastamento da equipes da Formula 1 durou até a década de 90.
Um dos grandes rivais de Fangio na época foi o lendário inglês, Stirling Moss. Moss é considerado um dos maiores pilotos da história da Formula 1, apesar da ironia de jamais ter vencido um campeonato.
Em 1958 Moss foi parado por outro inglês, Mike Hawthorn. Hawhorn pilotava uma Ferrari e derrotou Moss que o combatia em um dos carros mais belos da Formula 1, o lendário Vanwall. Conflitos internos dentro da equipe italiana foram o suficiente para provocar o afastamento definitivo de Hawthorn da Formula 1, que veio a morrer tragicamente logo depois de sua aposentadoria em um acidente automobilístico, mas longe das competições.
O Reino Unido começou então a ser reconhecido como o lar do automobilismo no início da categoria, apesar de suas origens fora da ilha Britânica. Cada vez mais pilotos britânicos juntavam-se à categoria e cada vez mais engenheiros britânicos os auxilliavam. Como conseqüência do sucesso britânico, o início da década de 60 viu o verde escuro de suas equipes ser adotado como a cor oficial da Formula 1.

A Fórmula 1 sempre fascinou seus admiradores com seus velozes e belíssimos carros. Mas infelizmente algumas aberrações acabam aparecendo entre tantas máquinas incríveis.

A seguir conheça os mais bizarros carros que já participaram dos campeonatos de F1. Alguns deles tiveram ótimo desempenho, mesmo sendo esquisitos ou feios de doer...


BRABHAM BT34 - 1971
Ficou conhecido como "Lobster Claw" (Garra de Lagosta)
Algo me diz que a Benneton se inspirou nesta combinação de cores para seus carros da década de 90...




MARCH 711 - 1971
Este aerofólio frontal arredondado era realmente feio



MARCH 721 EIFELLAND - 1972
Também conhecida como "Periscópio"



FERRARI 312B3 SPAZZANEVE - 1973
Até Tu, Ferrari? Como o próprio nome diz, parece um "Limpador de Neve"



AMON AF1 - 1974
"Prestobarba"



MARCH 751 - 1975
Quase uma caminhonete!



TYRREL P34 - 1976
O primeiro carro a ser lembrado quando o assunto é "Carros Bizarros de F1" é a Tyrrel de 6 Rodas
 Chegou a ganhar um Grande Prêmio



LIGIER JS5 - 1976
Também conhecida como "Bule de Chá"




ENSIGN N179-1 - 1979
Uma "escadinha" de Radiadores. Feiúra para corrigir erros de Projeto 




SHADOW DN9 - 1979
Não tenho palavras para descrever esta pintura
Parece algo que encontraríamos pintado num ônibus de alguma cidade indiana




TYRREL 12 - 1983
O famoso "Bumerangue"de Michelle Alboretto



AGS H22 - 1987
Vulgo "Saquinho de Pipoca"



LIGIER JS39 - 1993
Mais um exemplo do pintura que acabou com qualquer credibilidade do carro...



BAR 01 - 1999
A BAR queira pintar cada um de seus carros com cores diferentes e foi proibida pela FIA.
O resultado está na foto acima...



ARROWS ASIATECH A22 - 2001
Sim, isto é um Aerofólio Dianteiro!
Fez alguns treinos e foi proibido



HONDA RA108 - 2008
Quem não lembra do Honda "Orelhas de Dumbo"de Barrichello?


Analisando os carros, percebi que a equipe mais bizarra de todos os tempos é a March, que foi responsável por vários dos carros que aparecem neste post. A Ligier e Tyrrel também são recorrentes na lista...Mas devemos agradecer, pois estes projetistas malucos contribuíram muito para o desenvolvimento da F1.

Dr° Sérgio Eduardo

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